Presidenciável Felipe D’Avila faz segunda visita a Santa Cruz

D'Avila apresentou-se como sendo uma pessoa que não atua na política como carreirista

fonte: https://www.gaz.com.br/presidenciavel-felipe-davila-faz-segunda-visita-a-santa-cruz/

setembro 7, 2022

O candidato à presidência da República pelo Partido Novo, Felipe D’Avila, esteve em Santa Cruz do Sul, no sábado, 3. Essa é a segunda visita que faz ao município desde que foi apresentado como postulante ao Palácio do Planalto. Ele chegou pela manhã, caminhou pelas ruas centrais e visitou a Feira do Livro. À tarde, esteve na Rádio Gazeta FM 107,9, onde foi entrevistado pelo jornalista Leandro Porto.

D’Avila, como tem feito em outras oportunidades de contato com o público, em debates ou entrevistas, apresentou-se como sendo uma pessoa que não atua na política como carreirista. “Sou um cidadão brasileiro, que vive do trabalho e não do estado. O estado tem que ajudar e não criar problemas para a sociedade”, afirma.

Durante a conversa, tratou sobre assuntos que têm pautado o processo eleitoral, como a polarização na disputa presidencial, entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luís Inácio Lula da Silva (PT). Também apresentou suas propostas para questões como a necessidade de uma reforma tributária, a geração de emprego, a erradicação da pobreza extrema, a corrupção, a saúde e a política externa.

Em diferentes momentos, o candidato defendeu o enxugamento da máquina pública, com a redução do tamanho do estado e maior liberdade econômica. Entende que, dessa forma é possível fazer a economia crescer, dando condições competitivas para o país. “Prova de que o Brasil é capaz é o nosso agronegócio, que mostra que se deixar o brasileiro trabalhar, produzir, competir, ninguém segura o Brasil”, enfatiza. Sobre a campanha e a polarização apontada pelas pesquisas eleitorais, relata ter conversado com o público e perguntado se as pessoas entendem que a vida melhorou ou piorou na última década. “A maior parte diz que piorou, mas as pesquisas acabam corroborando a ideia de que só existe A ou B. Precisamos votar em quem quer o melhor para o Brasil”, conta.

D’Avila ainda disse ser urgente a aprovação de uma reforma tributária, como forma de aproximar a legislação brasileira do restante do mundo. Acredita que é preciso simplificar e diminuir a quantidade de impostos que o brasileiro paga. “Todo mundo que tem um pequeno negócio entende o peso da carga tributária, além de elevada, é uma confusão. Há um projeto no Congresso que é bom, foi o primeiro com apoio de todos os governadores”, avalia.

O candidato não diz ser contra os programas de distribuição de renda, mas acredita que seja possível atingir um contingente maior, sem o aumento do investimento, desde que seja definido foco nos mais pobres e necessitados. “Um jovem de 20 anos, que perdeu o emprego, vai receber o mesmo que uma mãe de duas crianças. Não faz sentido. É preciso focalizar, principalmente, a questão da miséria infantil. O jovem de 20 anos, com um empurrãozinho vai trabalhar, logo”, exemplifica.

Bandeiras

O candidato Felipe D’Avila defende a redução do tamanho do estado com bastante ênfase. Diz ver a possibilidade de o Brasil restabelecer a sua credibilidade internacional, a partir de uma ação efetiva de combate ao desmatamento, fazendo com que o país “sequestre” 50% do carbono do mundo. “A recuperação da credibilidade internacional do Brasil depende de uma economia para preservar o mercado, atrair investimentos e assumir a posição de maior potência em preservação ambiental do mundo”, afirma.

Como candidato do Partido Novo, mantém a prática de não utilizar os recursos do fundo eleitoral para o financiamento da campanha. “São R$ 5 bilhões. Todos usam, exceto o Novo. Com esse valor, dá para fazer três milhões de cirurgias no SUS (Sistema Único de Saúde), manter um milhão de jovens estudando em tempo integral. O que é melhor fazer com nosso recurso: dar para a saúde ou financiar campanha política?”, justifica.

Corrupção

D’Avila reforçou, na entrevista, sua contrariedade ao foro privilegiado para políticos e a necessidade da definição pela prisão em segunda instância, no Judiciário. Também acredita que uma forma de se minimizar a corrupção seja a autonomia do comando da Polícia Federal, fazendo que com o mandato do diretor-geral da PF não esteja atrelado ao do presidente, que é quem o nomeia.